Em Campina e João Pessoa, São João deixa marcas que não dá pra apagar


Parque do Povo, no Maior São João do Mundo, em Campina Grande
Ponto de Cem Réis, Centro de João Pessoa, no sábado
O mês de junho vai saindo de cena deixando a marca de mais um São João na Paraíba. O primeiro sobre a batuta de Romero Rodrigues (PSDB), em Campina Grande, e Luciano Cartaxo (PT), em João Pessoa. Ambos tem que o comemorar. Condutores de um evento que já está na estrada há anos, concebido e mantido por gestões anteriores, passaram no teste.
Apesar de dividirem o palco da atenção nacional com a onda de protestos que definiu o compasso da dança junina no Brasil, os festejos juninos na Paraíba, que ainda sugerem Bananeiras, Solânea, Patos (cadê Santa Luzia?), acenderam a fogueira das nossas vaidades. Yes, nós temos o melhor São João!
Em João Pessoa, à exceção da abertura, prejudicada pela chuva, a multidão arrastada para o Ponto de Cem Réis nos dias que seguiram mostrou que nem todo mundo pega a estrada no feriado de São João. Quem fica na cidade quer sair de casa também. Com o privilégio de ainda poder pegar uma praiazinha pela manhã, na torcida que o Sol trabalhe.
Em Campina Grande, o oceano é outro. O mar é de gente. No show de Zé Ramalho, que após 40 anos de carreira transborda saúde e consegue fazer uma apresentação de quase duas horas cantando apenas clássicos, privilégio de pouquíssimos artistas brasileiros, foi possível notar que o São João de Campina é a Copa do Mundo dos campinenses e, porque não dizer, dos paraibanos.
Não tem como sair de pauta, apesar de tanta briga e disputa política. Porque quem faz o sucesso de um evento é o habitante local. Do Festival de Parintins ao Carnaval do Rio, dos rodeios em Barretos a Oktorbefest de Blumenau, é o apego da comunidade local que chama a atenção nacional e transforma uma coisa regional em evento cosmopolita.
Parodiando o velho Tolstoi, se um evento quer ter sucesso, tem que começar a fazer sucesso em casa.
Com a marca de Ronaldo Cunha Lima Filho, que conseguiu explorar bem os espaços midiáticos nacionais, usando a logística do governo sem choramingar com a gestão anterior e, especialmente, sua rede de contatos, o novo layout adotado (ou resgatado) este ano deu mais ênfase aos grandes shows gratuitos, como é a proposta de um parque para o povo. Andar pelas barracas de comidas típicas e pelos cenários recriando vidas nordestinas completa a satisfação do visitante.
Mas o que mais importa não é a alteração geográfica do Parque do Povo no Maior São João do Mundo. É o que tem dentro depois que você passa, sem pagar, das cercas do Parque do Povo.
Uma festa que dá vontade de ir mesmo sem querer e de voltar mesmo sem poder. 

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