Goleiro Bruno começa a ser julgado hoje; ex também vai a júri


Goleiro Bruno começa a ser julgado hoje; ex também vai a júri
Acusado de ter ordenado o sequestro e morte da modelo Eliza Samudio, além de ter ocultado o cadáver da vítima, o goleiro Bruno Fernandes irá a júri popular a partir desta segunda-feira (3), no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), quase três anos após o crime. Dayanne Souza, ex-mulher do atleta, também será julgada por supostamente ter ajudado no sequestro Bruninho Samudio, filho Eliza e Bruno.



O julgamento de Bruno ocorre quatro meses depois do júri que condenou Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a 15 anos pelo sequestro das duas vítimas e por participação na morte de Eliza.  Bruno só não foi julgado com Macarrão porque, no meio do júri, dispensou o advogado Rui Pimenta, com o argumento de que não se sentia seguro com o defensor.


O goleiro nomeou Lúcio Adolfo da Silva para o lugar de Pimenta, mas pediu que seu julgamento fosse adiado para que o novo defensor pudesse tomar conhecimento dos autos. A manobra do goleiro provocou também o desmembramento do júri de Dayanne, cujo advogado, Francisco Simim, também compunha a defesa de Bruno.


O júri de novembro passado foi marcado por uma grande reviravolta: Macarrão, que sempre jurou amizade eterna a Bruno, confessou participação nos crimes e acusou o goleiro de ter mandado matar a modelo.


Macarrão, que silenciou durante o inquérito e a fase de instrução, disse em seu depoimento no júri que tentou demover Bruno da ideia de matar Eliza.


Diante da recusa do amigo, Macarrão afirmou que só aceitou levar Eliza para o que "pressentia" ser a sua morte por ser subordinado a Bruno. Pela confissão, Romão teve a pena reduzida em oito anos --caso contrário seria condenado a 23 anos.


Na avaliação de advogados criminalistas, o depoimento de Macarrão complicou a situação do goleiro. "A tese de Bruno como mandante foi admitida no julgamento anterior, que teve a participação da mesma juíza e do mesmo promotor. É uma prova forte. A tendência é que o novo corpo de jurados admita isso também", afirma o jurista Luiz Flávio Gomes, ex-promotor e ex-juiz.


"A situação fica muito difícil quando se tem um réu confesso delatando [Bruno] e um conjunto probatório tão grande. A confissão do Macarrão, que coloca Bruno como autor, vai ter uma influência grande", opina Fernando José da Costa, presidente da Comissão de Direito Criminal da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo).


Além da delação de Macarrão, pesa contra Bruno o fato de que, após a condenação do ex-amigo e de Fernanda Gomes de Castro, a morte de Eliza foi legalmente reconhecida.



TERRA

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