Terremotos: Água ajuda na concentração de gigantescos depósitos de ouro



Segundo um novo estudo publicado na revista Nature Geoscience, os Terremotos possuem o ‘toque de Midas’.
A expressão proveniente do mito do Rei Midas, personagem da mitologia grega que transformava em ouro tudo o que tocava, serve para exemplificar o que os terremotos podem fazer: concentrar grandes depósitos de ouro com a ajuda da água.
Terremotos são ocorrências de falhas ou fraturas na rocha, ou seja, a rocha trinca, e pode haver deslocamento relativo entre os blocos ou não. O terremoto não significa uma explosão no interior da Terra, e sim uma rachadura na rocha. Falhas grandes ou pequenas podem ser depositadas no meio do caminho, e a água muitas vezes lubrifica as falhas, preenchendo essas fraturas.
Cerca de 10 quilômetros abaixo da superfície, sob temperaturas e pressões incríveis, a água carrega altas concentrações de dióxido de carbono, sílica e elementos economicamente atraentes, como o ouro. Na ocorrência de um terremoto, a água imediatamente se vaporiza, e então a sílica presente no líquido se transforma em quartzo, e outros elementos ficam depositados nas superfícies das rochas, é o que sugere o co-autor do estudo Dion Weatherley e o pesquisador Richard Henley, da Universidade Nacional Australiana.
Alguns cientistas suspeitavam que a queda súbita da pressão da água pudesse explicar a ligação entre depósitos gigantes de ouro e falhas antigas, como sugere a pesquisa. Anteriormente, cientistas suspeitaram que os fluidos fossem efervescer durante terremotos ou outras mudanças de pressão. Outros sugeriram que os minerais se acumulam lentamente ao longo do tempo.  Mesmo terremotos menores de magnitude 4,0, que raramente causam danos, pode desencadear vaporização rápida, conclui o estudo.
"Dados de magnitude de pequenos terremotos é excepcionalmente frequente em sistemas de falhas, este processo pode ser a principal razão para a formação de depósitos de ouro", disse o geofísico Weatherley.
A quantidade de ouro deixada por um terremoto é pequena. Mas uma zona de terremoto como Alpine na falha da Nova Zelândia, pode conter um depósito de 100.000 anos segundo Weatherley.
O quartzo não tem tempo de se cristalizar, indica o estudo. O mineral vem para fora do líquido em forma de nanopartículas, como uma substância semelhante ao gel que se deposita nas paredes das fraturas do terremoto. Essas nanopartículas vão se cristalizar ao longo do tempo e formar o quartzo.
Terremotos não são a única fonte que utiliza água para concentrar ouro em grandes profundidades. Vulcões e sua canalização subterrânea podem produzir o metal precioso. Enquanto Weatherley e Henley sugerem que um processo similar poderia ocorrer sob vulcões, Wilkinson que estuda a ligação entre os vulcões e o ouro, disse que não é o caso.


"Sob os vulcões, a maior parte do ouro não é precipitado em falhas que são ativas durante os terremotos", disse Wilkinson. "É um mecanismo muito diferente".
O novo estudo sobre os mecanismos de depósito de ouro e sua formação pode ajudar nas explorações e trabalhos futuros de empresas. De acordo com o World Gold Council, uma associação de líderes mundiais de mineração de ouro, os seres humanos já extraíram cerca de 171.000 toneladas métricas do metal a partir do solo, esgotando as fontes de fácil acesso, ou seja, detectar outros estudos sobre o ouro pode ajudar no segmento das indústrias e facilitar a exploração









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