Moradores de Goiana e cidades vizinhas estão frustrados. Reclamam que operários baianos estão tendo prioridade na ocupação dos empregos criados com a construção da fábrica da Fiat no município.
Informam que o consórcio Construcap/Walbridge um gigante americano na construção de fábricas de automóveis, despreza a força de trabalho local.
Quase 60 ônibus carregados de operários vindos do estado da Bahia já teriam chegado à cidade pernambucana.
Comunicadores de uma rádio local dizem que ouvintes têm feito queixas diárias sobre a dificuldade de conseguir uma vaga. Mesmo de pedreiro ou marceneiro.
O assunto já motiva debates na Câmara. Vereadores estão sendo procurados pelos que esperam, sem sucesso, alguma colocação.
Vilde Barbosa (PR) informa que já esteve no canteiro de obras e, lá, ouviu que não há nada de anormal.
Mas checou que os homens empregados até o momento são de Irecê (BA), a mesma cidade do chefe do canteiro de obras, conhecido como “Mestre Baiano”.
A secretaria de Planejamento de Goiana informou que o acompanhamento das contratações é feito pela secretaria do Trabalho de Pernambuco.
A assessoria de imprensa da Fiat explicou que o consórcio dispõe de um banco de mão de obra formado por gente que foi treinada para trabalhar na construção.
Informa que nesta fase inicial a Construcap priorizou seu próprio contingente, mas garante que ao longo da obra operários da região serão absorvidos.
No apogeu, serão 7 mil postos de trabalho. Atualmente menos de mil estão contratados.
Enquanto os empregos não chegam, trabalhadores da Mata Norte e cidades do litoral sul da Paraíba se sentem desprestigiados e Goiana vai se tornando pequena para o interesse que gera uma fábrica de carros instalada numa região de monocultura e subempregos.
De acordo com o vereador Vilde Barbosa, já não existem casas para alugar. Hotéis estão cheios e até motéis viraram moradia para quem chega. O boom ao Norte começou.
Portal do Litoral PB com Josué Nogueira
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