Acusada de instalar o famoso ‘fio preto’ nas casas dos consumidores, a Energisa foi condenada a pagar uma indenização no valor de R$ 155 mil por danos morais e materiais, em razão de sobretensão elétrica, que teria ocasionado um incêndio, com a perda de diversos bens de consumidores da cidade de Alagoa Grande. A decisão foi tomada hoje pela Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça.
De acordo com depoimentos de consumidores, após a sobrecarga na rede elétrica, um foco de incêndio foi originado no térreo do prédio em que funcionava um mercado e, no primeiro andar, a residência dos consumidores.
Com isso, ocasionou a queima de diversos bens da mencionada residência, assim como também do mercado, tais como freezers, prateleiras, produtos expostos a venda.
Os consumidores alegam também que o incêndio colocou em perigo a vida dos habitantes do primeiro andar do prédio.
A Energisa, condenada em primeiro grau, tentou reverter a decisão ao interpôr recurso alegando equívoco na sentença, sob o argumento de existência de culpa concorrente das vítimas, bem como falta de prova quanto aos danos materiais sofridos. E pleiteou, ainda, a redução do quantum indenizatório a ser pago às vítimas, teses afastadas pela Justiça.
A concessionária de energia da Paraíba é investigada pelo Ministério Público sobre o 'golpe do fio preto', prática que a Energisa estaria usando para fraudar os medidores de luz das residências para cobrar multas dos consumidores sob a acusação de que eles estariam desviando energia (instalando 'gatos').
Caso a denúncia seja comprovada, a Energisa poderá sofrer uma multa que pode chegar a R$ 50 milhões.
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